Os desafios da educação básica são grandes no Estado, principalmente após a pandemia. O governador reeleito Eduardo Leite (PSDB) prometeu que o setor será prioridade em seu segundo mandato, mas é preciso que isso vire realidade, e não apenas discurso. Copiar iniciativas que deram certo em outras cidades e Estados pode ser um passo importante.
Valorização de professores, com salários melhores e formação continuada, escolas com melhor estrutura e aprimoramento da gestão, programas de incentivo a quem tem melhores resultados e iniciativas para aproximar as famílias dos colégios são algumas das ações que deram certo em outros locais e devem ser copiadas.
O governo do Estado tem o Programa de Incentivo ao Acesso Asfáltico (PIAA), em que empresas destinam parte de seu ICMS para asfaltar estradas ou fazer trevos de acesso a localidades ou até para suas empresas. Mas por que não poderia ser criado um projeto semelhante, como um Programa de Incentivo à Educação Básica, em que empresas poderiam destinar parte de seu ICMS para escolas públicas do Estado, para reformas, compras de computadores e laboratórios ou até bancar projetos de contraturno, como contratar professores para reforço, aulas de música, teatro ou até escolinhas esportivas?
Aqui na região, a Beira Rio Calçados está destinando R$ 5 milhões de ICMS, e a Camnpal, R$ 500 mil, para asfaltar a estrada de Vale Vêneto. Imaginem o que daria para fazer com R$ 5,5 milhões por ano para algumas escolas da região, só para dar um exemplo.
Também poderia ser criado um programa para incentivar cidadãos e empresários a colaborarem com escolas onde estudaram, como já ocorre nos Estados Unidos. Só para citar o exemplo do Bilac: quantos alunos já passaram pelo colégio e que poderiam ajudar?
Claro que educação é obrigação do poder público, mas se ela é tão importante e necessária, é preciso haver engajamento de toda a sociedade para serem feitas ações complementares.